Daniel Munduruku traz perspectiva indígena sobre famosos endereços da capital paulista

Publicado em: 23 jan 2023
Museu das Culturas Indígenas

No dia em que se celebra o aniversário de São Paulo, o escritor da etnia Munduruku vai narrar histórias sobre espaços da cidade que remetem aos povos originários;

O evento é gratuito e aberto ao público geral

Daniel Munduruku, escritor e doutor em educação pela USP, vai comandar atividade no Aniversário de São Paulo. Crédito: MCI

São Paulo, janeiro de 2023 – Tatuapé, Anhangabaú, Butantã, Ibirapuera e Pacaembu. Esses famosos endereços da capital paulista têm um aspecto em comum: todos possuem nomes indígenas. Valendo-se dessa particularidade, o escritor e ativista indígena Daniel Munduruku trará sua perspectiva sobre esses e outros espaços da cidade no evento “Mundurukando em São Paulo”, marcado para ocorrer na quarta-feira (25/01), a partir das 10h, no Museu das Culturas Indígenas (MCI), instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

A proposta do escritor da etnia Munduruku é aproveitar a celebração do Aniversário de São Paulo para trazer aos visitantes uma reflexão sobre a influência dos povos originários na capital paulista a partir de contação de histórias sobre os endereços da região. A atividade recupera o trabalho realizado para “Crônicas de São Paulo”, livro de sua autoria, publicado em 2004, no qual narra as andanças pelos espaços urbanos apontando os termos indígenas que ainda nomeiam a cidade.


No vídeo publicado nas redes sociais do Itaú Cultural em 2019, Daniel Munduruku lembra que o primeiro nome da capital paulista levava nome indígena – São Paulo de Piratininga – e que atualmente a cidade ainda carrega muitos termos que remetem aos povos originários que viviam e que ainda vivem na região.

Ele também revela, no vídeo, um olhar atento sobre o assunto que parece inspirar o encontro a ser realizado no MCI: “do Anhangabaú, hoje, quando a gente pega o metrô para o norte, chega em Tucuruvi. Se vamos ao sul, chegamos a Jabaquara. Entre o Anhangabaú e o Jabaquara, nós encontramos um parque: o Ibirapuera. Indo pela zona leste, então, passamos pelo Tatuapé até chegar no Itaquera. Se vamos do Anhangabaú para a zona oeste, vamos encontrar tantos outros nomes indígenas até chegar na Barra Funda”.

Marcado para ocorrer das 10h às 12h e das 15h às 17h, “Mundurukando em São Paulo” é gratuito e destinado a toda a família. Os Mestres de Saberes, educadores do MCI, também estarão presentes no evento, realizando atividades ligadas à música, pintura corporal e brincadeiras para crianças e adultos.

Sobre o escritor

Daniel Munduruku é considerado um dos escritores e ativistas indígenas mais importantes da atualidade brasileira. Nasceu em Belém (Pará) e tem formação em filosofia, história e psicologia, com doutorado em educação pela Universidade de São Paulo (USP).

Com mais de 56 livros publicados, o autor é reconhecido por manter vínculos com a tradição oral indígena em seus livros. Recebeu prêmios nacionais e internacionais como o Prêmio Jabuti, o Prêmio da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio Erico Vanucci Mendes (CNPq) e o Tolerância (Unesco).

SERVIÇO

Mundurukando na Cidade de São Paulo
Data: quarta-feira (25/01)
Hora: às 10h às 12h e das 15h às 17h (horário de Brasília)
Entrada: gratuita (exclusivamente para a atividade)

Sobre o MCI

O Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) – Organização Social de Cultura – em parceria com o Instituto Maracá, associação sem fins lucrativos que tem como finalidade a proteção, difusão e valorização do patrimônio cultural indígena. O MCI apresenta uma proposta inovadora de gestão compartilhada a ser construída ao longo da experiência, com o fortalecimento do protagonismo indígena. É em espaço de diálogo intercultural, pluralidade, encontros entre povos indígenas e não-indígenas, onde a memória da ancestralidade permitirá aos diversos povos originários compartilharem suas mensagens, ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes e histórias. Uma conquista dos povos indígenas, ainda em processo de construção, neste território na cidade, aberto para que o público entre em contato com sua própria história, e com outras histórias do Brasil.

MUSEU DAS CULTURAS INDÍGENAS (MCI)

Funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados)
Ingressos:  R$15,00 (inteiro) e R$7,50 (meia entrada); gratuito às quintas-feiras
Agendamentos: https://bileto.sympla.com.br/event/74784/d/149212.
Local: Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 – Água Branca, São Paulo/SP)
Informações: (11) 3873-1541
Site: www.museudasculturasindigenas.org.br

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