Ao longo do mês, as instituições geridas pela ACAM Portinari realizam uma programação especial em celebração ao Dia da Consciência Negra.
Em Brodowski, no dia 20, às 9h, o Museu Casa de Portinari vai promover um bate-papo com a artista visual, instrutora de artes e jurada de Carnaval, Con Silva, que falará sobre “Preconceito e Resistência”. Também compartilha, nas mídias sociais, o depoimento de história oral de Maria do Carmo Valério, ícone de luta e representatividade das mulheres negras da cidade.
Já em Campos do Jordão, de 17 a 20, o Museu Felícia Leirner e o Auditório Claudio Santoro, trazem oficina de boneca Abayomi e Baobá, aula de capoeira, contações das histórias “Meu Crespo é de Rainha”, da autora Bell Hooks, e “O Pequeno Príncipe Preto”, de Rodrigo França, além de ritmos africanos através dos instrumentos de percussão.
Em Tupã, o Museu Índia Vanuíre já iniciou a programação com diversas oficinas. E, nos dias 16, 17 e 18, sempre das 9h às 14h, a instituição traz representantes do movimento negro da cidade para abordarem conceitos históricos sobre o Dia da Consciência Negra e a capoeira, bem como ministrar oficinas de grafite e movimentos da luta tradicional brasileira.
E, na capital, o Museu das Culturas Indígenas realizará uma atividade sobre saberes, turbantes e cocares nas artes e culturas afro-brasileiras e indígenas ao longo do processo histórico e como constituem heranças na formação da sociedade.
O Museu Casa de Portinari, em Brodowski (SP), realiza diversos projetos de sustentabilidade que fazem parte de seu programa de gestão. Um dos objetivos é estimular a criação de áreas verdes, conscientizar sobre a preservação ambiental e a importância da reciclagem.
Inclusive, a instituição promove ações sustentáveis em parceria com seus funcionários, uma delas é incentivar os colaboradores a descartar materiais de forma correta, levando de suas casas resíduos como pilhas, lacres de latinhas, lâmpadas e canetas que são colocados em um coletor disponível na área administrativa do espaço cultural.
Vale ressaltar que os lacres são encaminhados a uma organização em Brodowski, responsável por revertê-los em cadeiras de rodas. Já as pilhas e lâmpadas são enviadas a uma loja que faz a destinação correta.
Mensalmente, o Museu Felícia Leirner e o Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão (SP), realizam ações de atendimento, integração e desenvolvimento, voltadas às pessoas com múltiplas deficiências, em parceria com a Escola de Educação Especial Nascer do Sol – APAE.
As atividades abordam as temáticas de artes visuais, música e meio ambiente, por meio de atividades educativas promovidas no projeto “Mais Sentidos” como contação de história, pintura, jogos manuais, entre outros, realizados tanto nos espaços culturais quanto na própria escola por educadores das instituições.
Para o aprimoramento da acessibilidade, a equipe busca ampliar as estratégias utilizando materiais específicos que colaboram para a evolução sensorial e cognitiva. Dessa forma, Museu e Auditório buscam aprimorar as possibilidades de acesso à cultura, compartilhando novas ferramentas de desenvolvimento sociocognitivo para os estudantes e usuários da APAE.
O Museu H. P. Índia Vanuíre, em Tupã (SP), abriga um acervo expressivo que reúne peças da história da cidade, da formação da região e do patrimônio etnográfico indígena, em especial o legado dos povos do Oeste Paulista.
Em 1° de novembro de 1922, o município recebeu a chegada da comunidade Leta, nativa da Letônia, que contribuiu para a formação de Tupã. Em comemoração ao centenário da fundação do Distrito de Varpa, onde vivem, o Museu Índia Vanuíre convidou a artista Egija Laura Preise para conversar com diversas crianças de escolas da região.
O encontro, que aconteceu nos períodos da manhã e da tarde, também teve presença de um tradutor que mediou toda a comunicação. Ao longo da atividade, a convidada tocou instrumentos musicais, como o Kokle, típico do folclore da Letônia, além de bandolim, ukulele, flauta e violino, seguidos de cantos típicos do país.
O Museu das Culturas Indígenas apresenta nas paredes da área externa uma série de pinturas Yanomamis. Realizados no contexto da abertura da exposição Decoloniza SP Terra Indígena, os desenhos mostram jovens caçando, dançando e cantando entre árvores e animais, numa referência aos Maxakali, o “povo do canto”.
Também conhecidos como Tikmũ’ũn, eles habitam pequenos territórios no nordeste de Minas Gerais, embora suas terras tradicionais se estendam do mar ao sul da Bahia até as margens dos Rios Jequitinhonha, Doce e Mucuri. São considerados “o povo do canto”, pelo repertório com milhares de canções.
Nesses cantos, os Tikmũ’ũn celebram os Yãmĩyxop, povos encantados-cantores que dão vida às degradantes pastagens que avançaram sobre a exuberante Mata Atlântica. Saiba mais na Exposição Virtual “Decoloniza SP Terra Indígena” ou reserve o ingresso no site do Museu para conferir o trabalho de perto.
A Campanha Sonhar o Mundo, que neste ano aborda a “Deficiência e Acessibilidade em Museus”, está com inscrições abertas para uma série de atividades a serem realizadas de 4 a 10 de dezembro. A proposta é refletir e compartilhar ideias sobre o tema da edição de 2022.
Durante o evento será abordado como os museus de São Paulo funcionam e disponibilizam os seus serviços no âmbito da acessibilidade. Aspectos relacionados com os processos internos de trabalho, recepção dos visitantes, entre outros desafios e acertos também estarão em pauta.
A Campanha é um dos principais programas do SISEM-SP voltado à discussão e estruturação de diretrizes de atuação dos museus em respeito e defesa dos Direitos Humanos e faz parte de uma parceria entre o SISEM-SP, instância da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, e a ACAM Portinari.