Em fevereiro, o Conselho Internacional de Museus (ICOM), lançou a Red List Brasil, ferramenta que aborda os diversos objetos culturais brasileiros em risco de tráfico, como fósseis, arte sacra, mapas, livros, peças etnográficas, arqueológicas, arte religiosa africana e histórias em quadrinhos.
O encontro, que aconteceu no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, contou com a presença de nomes importantes da cultura. A diretora executiva e museóloga, Angelica Fabbri, que também é membro do atual Conselho Fiscal do ICOM, participou do evento representando a ACAM Portinari e os museus sob gestão da Organização Social.
Considerando-se que a Red List brasileira traz objetos etnográficos e o apoio da ACAM Portinari para a valorização e visibilidade dos museus indígenas e da cultura dos povos indígenas, bem como pela gestão do MCI e do MIV, também estiveram presentes: Carlos Papá, Guarani Mbya (Sócio-Fundador do Instituto Maracá); Cristine Takuá, Maxacali (Diretora do Instituto Maracá); Susilene Deodato, Kaingang (Museu Worikg / Sol Nascente); Fabiana Damaceno Adilson, Kaingang/Krenak (Museu Akãm Orãm Krenak / Novo Olhar Krenak) e Elizeu Caetano, Tupy Guarani (Casa da Memória).
Segundo o site oficial do ICOM, as Red Lists não são listas de objetos roubados, mas de tipologias de peças protegidas por legislação e sob risco de tráfico, descritas e ilustradas com fotografias para ajudar agentes fiscalizadores a ter repertório visual para identificar possíveis movimentações ilegais, chegando, este ano, em sua 20ª publicação.
O site do Museu Casa de Portinari, em Brodowski (SP), acaba de lançar um novo vídeo de história oral. Desta vez, trazendo o depoimento da dona Maria Garcia Cardozo, que viveu a realidade da cidade agrária, em meados do século passado.
Em suas lembranças, ela compartilha detalhes sobre a vida de trabalho nas fazendas brodowskianas, bem como suas recordações do “Arraial do Silva”, também frequentado pelo pintor, segundo relato deixado pelo artista e publicado postumamente, em 1979, na obra “Portinari – O Menino de Brodowski: Retalhos de Minha Vida de Infância”, de João Candido Portinari.
Nessa mesma obra, Portinari descreve os moradores do “Furquim”, como “gente primitiva”, que viviam no “oco do mundo”. Dona Maria era uma dessas pessoas e relata as dificuldades em morar em uma área rural tão afastada.
Confira o vídeo completo no site oficial do Museu Casa de Portinari.
Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão (SP), acabam de lançar o podcast “Composição a três” que traz em sua abertura a temporada “Felícia”, com o primeiro episódio “Vida e Obra”, abordando conceitos sobre a biografia da artista Felícia Leirner.
A estreia é uma celebração aos 44 anos de inauguração da instituição que expõe, a céu aberto, as diversas obras da escultora. O podcast é resultado da soma de eixos temáticos que, em duas edições mensais, traz assuntos como arte, música e meio ambiente, em uma roda de conversa composta por três debatedores.
Acompanhe o podcast no canal do Spotify e fique por dentro de todas as informações.
No início do mês, o Museu Índia Vanuíre, em Tupã (SP), realizou o Workshop “Museus em Ação: Explorando a História e a Cultura por meio de Atividades Educativas”, ministrado pelos educadores da instituição, em conjunto com a Reserva Técnica, para 45 professores e gestores de diversas escolas municipais de Assis (SP).
Além de trocarem conhecimentos e experiências, os profissionais também visitaram as exposições em cartaz e o espaço onde o acervo está guardado. No auditório, assistiram ao documentário “Quem são eles?”, da série Índios do Brasil.
O objetivo do encontro foi promover reflexão e conscientização sobre temas transversais, e enriquecer o conteúdo curricular dos professores para que o tema seja trabalhado em sala de aula por meio de atividades museológicas. É utilizar o patrimônio cultural como suporte essencial ao processo educacional e ao desenvolvimento social.
A educação é ferramenta fundamental para a construção de uma sociedade justa e igualitária. Consciente disso, o MCI realiza, mensalmente, o ciclo de formação para educadores e profissionais de instituições de ensino de São Paulo. Os encontros são realizados no âmbito da Lei nº 11.645/2008, que estabeleceu o estudo da história e da cultura indígena e afro-brasileira no ensino fundamental e médio.
Ministrado por Mestres de Saberes, indígenas do programa educativo do museu, o encontro oferece atividades para o aprofundamento de temáticas indígenas em espaços de aprendizagem. Os participantes podem compartilhar dúvidas que surgem em suas salas de aula, direcionando a dinâmica da atividade de acordo com necessidades reais da educação. Confira detalhes sobre a última edição da iniciativa.
Já está no ar o novo portal on-line do SISEM-SP, que tem foco na disseminação de conteúdos sobre os espaços museológicos do território paulista, entre outras informações relevantes do setor. Uma das novidades são recursos de acessibilidade para facilitar a experiência das pessoas com deficiência.
O novo canal disponibiliza as ações promovidas pelo SISEM-SP e atividades em conjunto com os museus da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Outra iniciativa presente no site é o Programa de Assessoramento aos Museus Paulistas, que oferece consultoria às instituições interessadas.
Nos próximos meses o site do SISEM-SP traz outras surpresas. Aguardem.