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Edição 182 | Ano 15 | Outubro 2025

No alto da imagem, há um logotipo da ACAM Portinari nas cores azul e amarela, com o texto “ACAM Portinari” e a inscrição “Organização Social de Cultura”. Abaixo, uma mulher sentada atrás de uma mesa branca fala ao microfone enquanto gesticula com uma das mãos. Diante dela, pessoas assistem sentadas, de costas. Ao lado da mesa, uma câmera sobre tripé grava a cena. O ambiente é fechado, com cortinas vermelhas ao fundo e iluminação suave.

Formação amplia olhar inclusivo das equipes da ACAM Portinari

Em setembro, a ACAM Portinari promoveu o “Curso de Atendimento Inclusivo: Combatendo as Barreiras Através de Atitudes” para todas as equipes de suas instituições. A formação foi conduzida pela consultora em Diversidade, Inclusão e Direitos Humanos Samanta Viviani e ocorreu de forma presencial no Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão (SP), com transmissão on-line simultânea para os demais museus e para a sede da Organização Social.

O curso foi dividido em três encontros, nos dias 16, 23 e 30 de setembro, com estudos de caso e análises voltadas à construção de ambientes mais acolhedores e acessíveis. Entre os temas abordados estiveram comunicação inclusiva e atitudinal, conceitos de pessoa com deficiência e mobilidade reduzida, letramento, legislação vigente e condutas éticas.A iniciativa também incentivou o compartilhamento de experiências entre as equipes e destacou a importância das atitudes cotidianas na promoção da inclusão. A formação integra o trabalho permanente da ACAM Portinari para tornar seus espaços culturais cada vez mais acolhedores, acessíveis e livres de barreiras.

Na parte superior, há o logotipo do Museu Casa de Portinari formado por duas linhas diagonais estilizadas. Abaixo, uma fotografia mostra a esplanada do Museu, com um calçamento sombreado por árvores de copas verdes e flores rosadas. Em primeiro plano, uma mureta amarela com elementos vazados brancos acompanha o calçamento. O céu está claro e fios elétricos cruzam a parte superior da paisagem.

Ciprestes firmes e saudáveis nos jardins do Museu

Dois ciprestes que embelezam os jardins do Museu Casa de Portinari passam por avaliação especial anualmente para verificar suas condições de saúde e estabilidade. A análise é conduzida pelo professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, da ESALQ/USP, especialista em silvicultura urbana.

O procedimento utiliza um equipamento de tomografia que produz imagens internas do tronco, permitindo identificar possíveis fragilidades e garantir o cuidado adequado com cada árvore. As medições são feitas em diferentes pontos, respeitando o porte e a forma de cada cipreste.Os resultados da última análise foram positivos: as árvores estão saudáveis e firmes, demonstrando que o jardim do Museu continua um espaço seguro, acolhedor e em harmonia com a natureza — um esforço de preservação ambiental aliado ao cuidado com o patrimônio histórico e com o bem-estar dos visitantes.

No alto da imagem, há dois logotipos: à esquerda, a inscrição “Auditório Claudio Santoro” em marrom com um símbolo estilizado; à direita, a inscrição “Museu Felícia Leirner” em verde com um ícone geométrico. Abaixo, a imagem se divide em duas partes verticais. À esquerda, várias molduras de madeira clara exibem aquarelas de aves. À direita, o retrato de uma mulher idosa sorridente é projetado sobre o tronco de uma árvore coberta por musgos.

Exposições celebram a arte e a vida na Mantiqueira

Neste mês, o Museu e Auditório recebem duas exposições que celebram a natureza, a arte e a identidade de Campos do Jordão (SP). As mostras integram o conjunto de ações que aproximam o público da produção artística local e reforçam o papel das instituições como espaços de convivência e reflexão sobre o território da Mantiqueira.

Na mostra “Floresta de Retratos”, que pode ser visitada de 1º a 31 de outubro, o fotógrafo Marcio Scavone apresenta imagens em que moradores da cidade se fundem às árvores e paisagens da serra. Os retratos estão fixados nas araucárias ao longo do percurso expositivo e convidam o visitante a perceber a conexão entre o ser humano e a natureza.Já em “Asas da Mantiqueira: Aves de Campos do Jordão”, a artista Ella Santos expõe 100 aquarelas inspiradas nas 339 espécies de aves registradas no município. As obras revelam a delicadeza das cores e movimentos da fauna local, traduzindo o olhar sensível da artista sobre a vida na serra. A exposição, que abre em 24 de outubro e segue até o final do ano, valoriza o diálogo entre arte e preservação ambiental.

Na parte superior, o logotipo do Museu Índia Vanuíre com a silhueta estilizada de um adorno de cabeça indígena, seguido do texto “Índia Vanuíre” em letras pretas e vermelhas, e da inscrição “Museu Histórico e Pedagógico”. Abaixo, uma fotografia mostra um ambiente interno iluminado, com piso brilhante e teto escuro pontuado por luzes. Em primeiro plano, um homem indígena de perfil usa adorno de penas amarelas e jaqueta azul, estendendo os braços para frente. Ao fundo, outras pessoas observam as obras expostas na parede.

Encontro valoriza a participação indígena nas decisões museológicas

Museu Índia Vanuíre realizou, em 4 de outubro, a 11ª edição do Encontro Paulista Questões Indígenas e Museus (EPQIM). O evento reuniu representantes Kaingang, Krenak, Terena e Guarani Nhandewa, das Terras Indígenas Vanuíre, Icatu e Araribá, além de profissionais da área cultural, pesquisadores e gestores de museus.

A programação teve como foco a atualização da exposição de longa duração do Museu, em um processo que valoriza a museologia colaborativa e a autorrepresentação indígena. As discussões envolveram a escolha de objetos, a definição de narrativas e as formas pelas quais as comunidades desejam apresentar suas próprias histórias no espaço expositivo.O encontro destacou a importância da participação indígena nas decisões museológicas e o papel da instituição em Tupã (SP) como espaço de diálogo, construção compartilhada e valorização das múltiplas identidades culturais presentes no território paulista.

Na parte superior, há um logotipo vermelho com grafismo indígena simétrico seguido das palavras “Museu das Culturas Indígenas” em letras pretas. Abaixo, um painel dividido entre as cores preta e bege exibe palavras em letras brancas alinhadas verticalmente: “Aeweté”, “Atymã Porã”, “Aguy Jevete”, “Aguyjevete” e “Gratidão”. Sob cada termo, aparecem pequenas legendas com os nomes dos grupos linguísticos Tupi-Guarani, Nãndeva, Mbyá, Kaiowá e Português.

Nós apoiamos: Língua Guarani é patrimônio imaterial do Estado de São Paulo

Museu das Culturas Indígenas lança um abaixo-assinado público para registrar oficialmente a língua Guarani como patrimônio cultural imaterial do Estado de São Paulo. A iniciativa busca mobilizar a sociedade civil, instituições de pesquisa e órgãos públicos para garantir a proteção e o fortalecimento da língua, considerada vulnerável pela UNESCO.

Com o apoio do IPHAN, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, da Comissão de Preservação do Patrimônio Imaterial (CPPI), da Secretaria da Justiça e Cidadania, da Comissão Guarani Yvyrupa e do Museu Índia Vanuíre, a proposta será encaminhada ao CONDEPHAAT, acompanhada da sugestão de criação de um programa estadual de revitalização linguística, com ações como escolas bilíngues, oficinas de documentação, formação de professores indígenas e incentivo a produções culturais e midiáticas em Guarani.Falado por mais de 280 mil pessoas no Brasil, o Guarani é uma das línguas mais antigas do tronco Tupi-Guarani e constitui a base da cosmovisão do povo Guarani, na qual a palavra é sagrada e conecta o ser humano à terra e ao divino. Em São Paulo, vivem cerca de seis mil Guarani em 38 territórios espalhados entre o litoral, o Vale do Ribeira e a região metropolitana.