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Edição 158 | Ano 13 | Outubro 2023

Museus da ACAM participarão de Feira do Empreendedor do Sebrae

As instituições museológicas geridas pela ACAM Portinari vão participar da Feira do Empreendedor 2023. Promovido desde 2012 pelo Sebrae, o evento ocorrerá entre 16 e 19 de outubro, das 10h às 20h, no São Paulo Expo, na capital paulista. A feira apresenta produtos, serviços, palestras e oferece consultorias sobre gestão, inovação, sustentabilidade, marketing, finanças, entre outros.

Dentro do stand da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, o Museu Casa de Portinari (Brodowski) e o Museu Felícia Leirner (Campos do Jordão) exibirão poemas dos artistas que dão nome às instituições. Também haverá uma Rodada de Negócios, com a presença da equipe de Desenvolvimento Institucional da ACAM.

Museu das Culturas Indígenas (SP) e o Museu Índia Vanuíre (Tupã) apresentarão uma feira de arte e artesanato com artigos produzidos pelos indígenas. E uma Roda de Conversa sobre o Programa de Estagiários Indígenas do MCI fecha o cronograma.

Parceria para pessoas privadas de liberdade

O Museu Casa de Portinari assinou um Termo de Cooperação Técnica com a Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (FUNAP) – que atua no âmbito administrativo das penitenciárias paulistas – para desenvolver um projeto de ensino, difusão da arte e da cultura voltado a pessoas cumprindo pena, em regimes fechado ou semiaberto, nos presídios do Estado.

Denominado “Museu Casa de Portinari”, o projeto envolve a realização de cursos, oficinas, palestras, visitas técnicas e práticas educativas. A expectativa é contribuir para a reintegração social, a diminuição do índice de reincidência criminal e a possibilidade de remição da pena pelo estudo.

Essa não é a primeira vez que o Museu Casa de Portinari desenvolve atividades direcionadas para pessoas em cumprimento de pena. Ao longo de sua história, a instituição selou parcerias para atender também outros públicos específicos, utilizando a arte como ferramenta de ensino e promoção da cultura.

Museu promove plantio de mais de 80 mudas de árvore

A sustentabilidade ambiental faz parte dos valores do Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro. Por isso ao receber o laudo técnico sobre a necessidade de remoção de algumas árvores da área externa, as instituições criaram um mecanismo de compensação.

Para reparar a remoção de oito espécies nativas foram plantadas mais de 80 mudas de árvores Pinho Bravo e Araucária. A ação foi realizada em conjunto com os alunos da Escola Integral Obra Social Santa Clara e do 106º Grupo de Escoteiros Oyaguara, em 26 e 30 de setembro, respectivamente. As parcerias somaram esforços na preservação do patrimônio ambiental, garantindo a manutenção e continuidade da biodiversidade local.

Desde 2014, o Museu e o Auditório também contam com uma política de compensação de emissão de gases do efeito estufa, que consiste no plantio de árvores em áreas degradadas. Também colaboram com projetos que visam a limpeza dos rios do município, melhorias do ecossistema e que criam valor social e ambiental perene.

Pesquisa promove perspectiva indígena sobre acervo Guarani

Recentemente, o Museu Índia Vanuíre (MIV) realizou uma pesquisa em seu acervo na coleção do povo Guarani. A documentação foi feita em colaboração com Werá Alcides, sábio Guarani. A pesquisa é fundamental para potencializar visões culturais e identitárias das etnias e para aprimorar, ainda mais, as histórias dos povos indígenas.

Alcides, da Terra Indígena Tenondé Porã e morador da Aldeia Kalipety, da cidade de São Paulo, e em sua colaboração compartilhou saberes tradicionais que serviram para enriquecer as informações documentais dos itens Guarani.

A pesquisa foi conduzida pelo Centro de Referência do MIV, que revisita quadrimestralmente, junto aos povos indígenas, o acervo que está sob a guarda do Museu Índia Vanuíre. O projeto é realizado desde 2021 com o objetivo de trazer a perspectiva indígena para as peças do MIV. O Museu tem em seu acervo aproximadamente 38 mil objetos museológicos que reúne peças e artefatos da história de Tupã (SP), artefatos e objetos de diferentes povos indígenas no Brasil.

Marco temporal ameaça a vida dos povos originários

O marco temporal é uma tese que visa limitar o direito dos povos indígenas de ocupar territórios. Segundo a proposta, apenas as áreas ocupadas até 05 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição Federal, podem ser demarcadas para os indígenas.

A tese foi rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas um Projeto de Lei (PL 2903) que inclui a questão do marco temporal foi aprovado recentemente pelo Senado Federal e seguiu para sanção presidencial. Ativistas e instituições que atuam pelos direitos dos povos indígenas, pela biodiversidade e direitos humanos cobram o veto presidencial ao projeto.

Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o marco temporal fere um direito constitucional e coloca em risco a vida dos povos indígenas, uma vez que permitirá a expansão do desmatamento, da mineração e da grilagem de terras. O PL 2903 também representa uma ameaça para o futuro da segurança climática mundial e da biodiversidade do planeta, em parte garantidas pela proteção ambiental dentro das Terras Indígenas.

Acompanhe atualizações sobre o marco temporal aqui.

Encontros formativos sobre antirracismo em museus tem saldo positivo

Setenta e cinco profissionais de museus e outras instituições culturais do estado de São Paulo participaram dos Encontros Formativos “Possibilidades de Construções Antirracistas”, promovidos pelo SISEM-SP. Nessas oportunidades, os inscritos foram conduzidos a reflexões sobre metodologias e propostas pedagógicas de combate ao racismo, a partir de visita técnica à instituição museológica.

O cronograma começou em 25 de julho e encerrou em 10 de outubro. Para os organizadores o saldo é positivo, devido aos comentários dos participantes sobre a ação. Os encontros foram promovidos nos polos regionais do SISEM em São Bernardo do Campo, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Bastos e Garça, Ribeirão Preto, Limeira e Tatuí.

As atividades integram o Programa Direitos Humanos e Museus – Sonhar o Mundo: Antirracismo em Museus, ciclo 2023. A iniciativa é da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, por meio da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico e do SISEM-SP em conjunto com a ACAM Portinari.