
Em setembro, a ACAM Portinari promoveu o “Curso de Atendimento Inclusivo: Combatendo as Barreiras Através de Atitudes” para todas as equipes de suas instituições. A formação foi conduzida pela consultora em Diversidade, Inclusão e Direitos Humanos Samanta Viviani e ocorreu de forma presencial no Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão (SP), com transmissão on-line simultânea para os demais museus e para a sede da Organização Social.
O curso foi dividido em três encontros, nos dias 16, 23 e 30 de setembro, com estudos de caso e análises voltadas à construção de ambientes mais acolhedores e acessíveis. Entre os temas abordados estiveram comunicação inclusiva e atitudinal, conceitos de pessoa com deficiência e mobilidade reduzida, letramento, legislação vigente e condutas éticas.A iniciativa também incentivou o compartilhamento de experiências entre as equipes e destacou a importância das atitudes cotidianas na promoção da inclusão. A formação integra o trabalho permanente da ACAM Portinari para tornar seus espaços culturais cada vez mais acolhedores, acessíveis e livres de barreiras.

Dois ciprestes que embelezam os jardins do Museu Casa de Portinari passam por avaliação especial anualmente para verificar suas condições de saúde e estabilidade. A análise é conduzida pelo professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, da ESALQ/USP, especialista em silvicultura urbana.
O procedimento utiliza um equipamento de tomografia que produz imagens internas do tronco, permitindo identificar possíveis fragilidades e garantir o cuidado adequado com cada árvore. As medições são feitas em diferentes pontos, respeitando o porte e a forma de cada cipreste.Os resultados da última análise foram positivos: as árvores estão saudáveis e firmes, demonstrando que o jardim do Museu continua um espaço seguro, acolhedor e em harmonia com a natureza — um esforço de preservação ambiental aliado ao cuidado com o patrimônio histórico e com o bem-estar dos visitantes.

Neste mês, o Museu e Auditório recebem duas exposições que celebram a natureza, a arte e a identidade de Campos do Jordão (SP). As mostras integram o conjunto de ações que aproximam o público da produção artística local e reforçam o papel das instituições como espaços de convivência e reflexão sobre o território da Mantiqueira.
Na mostra “Floresta de Retratos”, que pode ser visitada de 1º a 31 de outubro, o fotógrafo Marcio Scavone apresenta imagens em que moradores da cidade se fundem às árvores e paisagens da serra. Os retratos estão fixados nas araucárias ao longo do percurso expositivo e convidam o visitante a perceber a conexão entre o ser humano e a natureza.Já em “Asas da Mantiqueira: Aves de Campos do Jordão”, a artista Ella Santos expõe 100 aquarelas inspiradas nas 339 espécies de aves registradas no município. As obras revelam a delicadeza das cores e movimentos da fauna local, traduzindo o olhar sensível da artista sobre a vida na serra. A exposição, que abre em 24 de outubro e segue até o final do ano, valoriza o diálogo entre arte e preservação ambiental.

O Museu Índia Vanuíre realizou, em 4 de outubro, a 11ª edição do Encontro Paulista Questões Indígenas e Museus (EPQIM). O evento reuniu representantes Kaingang, Krenak, Terena e Guarani Nhandewa, das Terras Indígenas Vanuíre, Icatu e Araribá, além de profissionais da área cultural, pesquisadores e gestores de museus.
A programação teve como foco a atualização da exposição de longa duração do Museu, em um processo que valoriza a museologia colaborativa e a autorrepresentação indígena. As discussões envolveram a escolha de objetos, a definição de narrativas e as formas pelas quais as comunidades desejam apresentar suas próprias histórias no espaço expositivo.O encontro destacou a importância da participação indígena nas decisões museológicas e o papel da instituição em Tupã (SP) como espaço de diálogo, construção compartilhada e valorização das múltiplas identidades culturais presentes no território paulista.

O Museu das Culturas Indígenas lança um abaixo-assinado público para registrar oficialmente a língua Guarani como patrimônio cultural imaterial do Estado de São Paulo. A iniciativa busca mobilizar a sociedade civil, instituições de pesquisa e órgãos públicos para garantir a proteção e o fortalecimento da língua, considerada vulnerável pela UNESCO.
Com o apoio do IPHAN, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, da Comissão de Preservação do Patrimônio Imaterial (CPPI), da Secretaria da Justiça e Cidadania, da Comissão Guarani Yvyrupa e do Museu Índia Vanuíre, a proposta será encaminhada ao CONDEPHAAT, acompanhada da sugestão de criação de um programa estadual de revitalização linguística, com ações como escolas bilíngues, oficinas de documentação, formação de professores indígenas e incentivo a produções culturais e midiáticas em Guarani.Falado por mais de 280 mil pessoas no Brasil, o Guarani é uma das línguas mais antigas do tronco Tupi-Guarani e constitui a base da cosmovisão do povo Guarani, na qual a palavra é sagrada e conecta o ser humano à terra e ao divino. Em São Paulo, vivem cerca de seis mil Guarani em 38 territórios espalhados entre o litoral, o Vale do Ribeira e a região metropolitana.