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Edição 183 | Ano 15 | Novembro 2025

Imagem com o logotipo da ACAM Portinari centralizado na parte superior, sobre fundo claro. Abaixo, quatro fotografias formam um mosaico em duas fileiras cruzadas por linhas diagonais. No canto superior esquerdo, mãos seguram um pequeno saco de mudas em área arborizada. No superior direito, um homem, com um adorno tradicional indígena na cabeça, e uma mulher conversam com um grupo de estudantes diante de um painel educativo. No canto inferior esquerdo, silhuetas de pessoas indígenas aparecem em apresentação cultural, com um chocalho em destaque. No inferior direito, mãos acomodam terra ao redor de uma muda recém-plantada sobre o gramado. Elementos gráficos da identidade visual da ACAM contornam a imagem nas laterais, com uma faixa amarela na base.

Museus da ACAM promovem ações em torno da COP30

Os museus administrados pela ACAM Portinari participam das discussões em torno da COP30 com iniciativas que destacam o compromisso das instituições com a sustentabilidade, a preservação ambiental e o diálogo entre ciência e saberes tradicionais.

Na primeira quinzena de novembro, o Museu Casa de Portinari fez a apresentação pública do seu novo Plano de Sustentabilidade e promoveu a palestra “Preservação de florestas e biodiversidade”, além da Visita Educativa Sustentável – Especial COP30.

Em Campos do Jordão (SP), o Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro realizam, no dia 29 de novembro, um plantio de mudas nativas, ação voltada à ampliação da cobertura vegetal e ao fortalecimento do equilíbrio ambiental na Serra da Mantiqueira.

Em Tupã (SP), o Museu Índia Vanuíre promoveu na primeira metade deste mês palestras e oficinas sobre reflorestamento e saberes indígenas como alternativas para enfrentar a crise climática, reunindo lideranças e ambientalistas em torno da recuperação ecológica.

Já o Museu das Culturas Indígenas, na capital paulista, realiza neste dia 15 o fórum internacional “YBEROHOKY: um encontro de águas, saberes e patrimônios”, que discute a preservação da água e a valorização das cosmologias originárias.

Imagem com o logotipo do Museu Casa de Portinari centralizado na parte superior, sobre fundo claro com padrões gráficos discretos nas laterais. Abaixo, duas fotografias são dispostas em diagonal, formando um recorte dinâmico. Na parte superior, vê-se uma composição miniaturizada com pratos e peças decorativas em tom de azul sobre uma mesa, ladeadas por castiçais e relógios antigos, com pinturas emolduradas ao fundo. Na parte inferior, uma educadora conduz um grupo de visitantes; ela aponta para uma obra exposta na parede enquanto dialoga com as crianças à sua frente, que estão de costas para o observador.

Casa de Portinari abre exposições em Brodowski e Batatais

Museu Casa de Portinari promove duas exposições que reforçam o diálogo entre arte, memória e educação. Em Brodowski (SP), a mostra do projeto “Portinari Vai à Escola” reúne produções de alunos da rede municipal que exploram o patrimônio cultural da cidade e a obra de Candido Portinari.

Em Batatais (SP), a exposição itinerante “Casas e Casos”, realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo do município, apresenta o universo das miniaturas como forma de expressão e memória. As obras reproduzem cenários e lembranças que revelam fragmentos do cotidiano e a poesia dos pequenos detalhes.

mostra “Portinari Vai à Escola” pode ser visitada até 30 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 16h, no Galpão das Artes (Rua João Brisotti, 128, Brodowski/SP). Já “Casas e Casos” segue até 31 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, na Galeria Agaso da Estação Cultura Editor José Olympio (Praça Dr. Antônio Teodoro de Lima, bairro Castelo, Batatais/SP). As entradas são gratuitas.

Imagem com os logotipos do Auditório Claudio Santoro e do Museu Felícia Leirner centralizados na parte superior, sobre fundo claro com grafismos discretos nas laterais. Abaixo, a fotografia principal mostra uma roda de conversa em ambiente iluminado por luz natural. Em pé, uma mulher fala ao grupo, gesticulando enquanto apresenta uma ideia. Sentadas ao redor da mesa, outras participantes acompanham atentamente; algumas vestem uniformes verdes. Sobre a mesa, garrafas de água e materiais de apoio indicam o caráter formativo do encontro. Ao fundo, grandes janelas revelam uma área externa arborizada.

Colaboradores participam de oficina sobre práticas antirracistas

Os colaboradores do Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro participaram da oficina “Construindo Práticas Antirracistas em Espaços Museológicos”, ministrada por Suzy Santos, educadora, historiadora, museóloga e gestora cultural. A formação integrou o ciclo de capacitações da ACAM Portinari e antecedeu o Mês da Consciência Negra, reforçando o compromisso das equipes com o respeito à diversidade e à equidade.

Durante a atividade, os participantes discutiram conceitos e estratégias para atuar diante de situações de racismo, com base em repertórios jurídicos, psicológicos e educativos. O encontro também proporcionou momentos de escuta e reflexão sobre o papel dos profissionais de museus na promoção de ambientes acolhedores e seguros.

A oficina resultou na construção coletiva de um posicionamento institucional voltado ao fortalecimento de práticas antirracistas, reafirmando o Museu e Auditório como espaços de diálogo, inclusão e transformação social.

Imagem com o logotipo do Museu Índia Vanuíre centralizado na parte superior, sobre fundo claro decorado com grafismos nas laterais. Abaixo, a fotografia principal mostra um grupo reunido em um ambiente interno, durante uma atividade cultural. Em primeiro plano, aparece uma pessoa de costas vestindo camiseta vermelha com a inscrição “Aldeia Icatu”. Ao fundo, jovens — alguns sem camisa e outros com roupas leves — participam da dinâmica junto a um homem, também de camisa vermelha. A sala possui piso estampado, ventiladores na parede e bandeiras expostas, incluindo a do Brasil.

Mostra “Vozes da Terra” destaca produções de estudantes indígenas

O Museu Índia Vanuíre apresenta a mostra “Vozes da Terra”, em cartaz no Fórum de Adamantina (SP). A exposição reúne desenhos, colagens e textos de crianças de 4 a 14 anos da Escola Estadual Indígena Índia Maria Rosa, localizada na Terra Indígena Icatu, em Braúna (SP).

Desenvolvidas sob orientação de professores indígenas, as produções refletem a relação entre direitos humanos, meio ambiente e os modos de vida tradicionais, revelando o olhar das novas gerações sobre o território e a convivência com a natureza.

Resultado de uma parceria entre o Museu Índia Vanuíre, a escola e o Poder Judiciário, a iniciativa valoriza a educação escolar indígena como espaço de criação, expressão e fortalecimento da identidade cultural, reafirmando a sabedoria e o protagonismo dos povos originários. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira até o final do mês, das 12h às 18h, na Avenida Adhemar de Barros, 133, Centro – Adamantina (SP).

Imagem com o logotipo do Museu das Culturas Indígenas centralizado na parte superior, sobre fundo claro com grafismos tradicionais. Abaixo, um bloco quadrado em tom laranja ocupa a maior parte da composição. À esquerda, aparecem o nome do museu, o título “Do museu à escola, tecendo diálogos” e, em destaque vertical, “Brincadeiras Indígenas”, todos em branco. À direita, um conjunto de fotografias é organizado em losangos que formam uma figura geométrica; as imagens mostram mãos e braços de crianças em atividade, com pinturas corporais e elementos pedagógicos. No canto inferior direito do bloco, um selo circular identifica a ação como parte da programação educativa. Elementos gráficos inspirados em padrões indígenas decoram as laterais.

Brincadeiras indígenas viram material pedagógico gratuito

Já está disponível no site do Museu das Culturas Indígenas o “Caderno de brincadeiras indígenas”, uma publicação que reúne mais de 20 jogos e cantigas tradicionais de diferentes povos originários. A obra integra a coleção “Cadernos de temáticas indígenas” do Centro de Formação do MCI e pode ser baixada gratuitamente.

O caderno apresenta jogos que fazem parte do cotidiano de povos indígenas e atravessam gerações, com instruções, contexto cultural e função pedagógica de cada prática. Entre os exemplos estão o jogo da onça, presente nas culturas Guarani, Yine e Boe; a brincadeira de lateni, da etnia Iny; e o jogo de cabeça, conhecido pelos povos Mỹky e Manoki. Cada atividade reforça valores como cooperação, respeito e fortalecimento de vínculos comunitários.

Com essa iniciativa, o MCI contribui para a implementação da Lei 11.645/2008, que determina o ensino da história e das culturas indígenas em espaços de ensino. O material será distribuído em encontros formativos para educadores promovidos pelo Museu para reforçar o potencial das brincadeiras indígenas como ferramentas pedagógicas e de ampliação de repertórios culturais.